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Garantir a diversidade para produzir inovação é tema de Fórum Permanente na Unicamp

O evento acontece na próxima semana nos dias 25 e 26, online e gratuito



| Texto: Gabriela Villen

 

A diversidade de gêneros, cores, etnias e classes sociais na universidade, impacta sua produção científica, política e social, além de torná-la um lugar mais parecido com a sociedade. A pluralidade de pontos de vista amplia a capacidade da universidade de propor soluções inovadoras em todas as áreas do conhecimento. A diversificação das formas de acesso ao ensino superior implementada e adensada pela Unicamp e outras instituições do país nos últimos anos, possibilita mas não garante esse cenário. É preciso assegurar a permanência dos estudantes, desafio que se complexificou com a pandemia de Covid-19. A fim de avançar nesse debate, o Fórum Permanente Educação superior: diversidade, inovação e desafios da permanência, convidou alguns dos principais expoentes no assunto para compartilhar suas experiências públicas, empresariais e acadêmicas. O evento, online e gratuito, acontecerá na próxima semana nos dias 25 e 26, a partir das 14 horas. As inscrições podem ser realizadas nesse link.    

"Nos Estudos Sociais da Ciência e da Tecnologia, há uma série de teorias sobre a importância da diversificação dos pontos de vista envolvidos na produção da ciência para que ela se torne mais abrangente. São perspectivas teóricas críticas e complexas, necessárias para dar conta de uma pluralidade de questões que não estavam colocadas em cenas quando essas pessoas não estavam na universidade", explica Regina Facchini, pesquisadora do Núcleo de Estudos de Gênero Pagu e integrante da Comissão Assessora da Política de Combate à Discriminação Baseada em Gênero e Sexualidade e à Violência Sexual da UNICAMP, que organiza o Fórum. Para falar sobre a importância da diversidade para a inovação científica e tecnológica, a primeira mesa do evento no dia 25, contará com a presença de André Fischer, Diretor do Centro Cultural da Diversidade na Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo; da deputada estadual Érica Malunguinho; dos professores Guilherme Silva de Almeida, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Márcia Barbosa, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS); e de Mafoane Odara e Thaís Cesário, que atuam no setor empresarial, Instituto Avon e Dow Corning, respectivamente.

 

(Da esquerda para direita, de cima para baixo) Débora Cristina Jeffrey, Regina Facchini, Guilherme Silva de Almeida, Heloisa Buarque de Almeida, Érica Malunguinho, André Fischer, Thaís Cesário, Tatiana Lionço, Renata Azevedo, Mafoane Odara e Ana Maria Almeida 

 

A segunda mesa dia 26, abordará os desafios e as boas práticas na convivência e na permanência universitária. "A pandemia de covid-19 intensificou relações de desigualdade que estavam colocadas na sociedade. No âmbito da Universidade, isso se reflete na permanência. As questões econômicas são importantes, mas elas aparecem articuladas com várias outras dimensões que precisam ser cuidadas. Relações de poder estão envolvidas, fatores como racismo e sexismo, subestimação e depreciamento, mesmo a possibilidade de um espaço de estudo fora da universidade", aponta Facchini. Comporão o debate as professoras Ana Maria Almeida, presidente da Comissão Assessora da Política de Combate à Discriminação Baseada em Gênero e Sexualidade e à Violência Sexual da Unicamp; Débora Cristina Jeffrey, presidente da Comissão Assessora de Diversidade Étnico-Racial da Diretoria Executiva de Direitos Humanos da Unicamp; Renata Azevedo, da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp; Heloisa Buarque de Almeida, da Universidade de São Paulo (USP); e Tatiana Lionço, Coordenadora do Núcleo de Estudos da Diversidade Sexual e de Gênero do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da Universidade de Brasília (UnB).